Meu odio tem nome
Meu ódio tem nome,
tem contornos e face.
Rancor disforme
tomou forma de homem.
Vazio, da essência humana
só casca restara.
Minha ira tem rumo,
tem norte, destino,
só não tem rima.
Porque não se encontra,
nem verbo ou palavra,
por mais ferina
que rime com minha ira.
Ira que vibra no peito
onde a paixão outrora aportou.
Negro abrigo do rancor,
onde amargura sobeja, escorre,
corrói o parco resíduo do Amor.
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