Trago em mim
as dores de viver.
todas elas
mesmo não suportando,
as carrego.
Melhor carregar o fardo
a me deixar oprimir.
Seguir,
mesmo que arrastando,
em vielas,
habitar na penumbra.
do abandono, do descaso.
Vil existência dos covardes
que gemem.
Em mim,
todas as mazelas,
todas as feridas
todos os erros
passiveis de pena,
passiveis de punição
passíveis de apreensão.
Trago a alma ferida,
coberta de pustula
gangrenada
pelo amor que viví.
Pago a pena
por respirar
a cada amanhecer,
mesmo vazio de sol.
kryss.