O Céu da boca

O véu, o veludo, o pêlo
que cobre, recobre a pele
enrosca, envolve, eriça
ao beijo, ao toque, ao choque
que a língua molhada provoca
ao deslizar pela nuca,
coberta de vastos pêlos
que cobre , recobre a pele,
sussurrando aos ouvidos,
sugando o lóbulo úmido,
até aportar no pescoço,
jorrando intenso arrepio.
Os dedos que invadem ligeiros
os vãos que se formam
entre botões que fingem fechar.
Ocultando os mamilos alertas,
despertos ao choque da língua
que desliza solta no peito,
que abriga os mamilos eretos,
que língua louca roça e dentes afoitos
mordiscam, suaves... E a boca gulosa
suga afoita, eriçando o pêlo e pele,
entesando membros e mente.
O membro que pulsa desperto,
buscando fugir das traves e fechos
que tentam inútil reter o membro teso.
A língua vasculha os montes e fendas.
desce umbigo e segue explorando,
entre pêlos e pele, o membro que
vibra. Brinquedo de intenso prazer.
Medindo da base à ponta, com a ponta
da língua úmida, que molha, suga
e enxuga,entesado o já eriçado
membro alojado no vão
que fica entre lábios e dentes.
Corpo na terra, cabeça tocando o céu.
O corpo estremece ao toque da língua
enroscada na cabeça úmida,
abrigada sob o Céu da boca,
se esvaindo em gozo único.
Um comentário:
Você é mente, coração, carne, é alma à flor da pele, primeira vez que li algo e posto um comentário. Sinceramente você tocou minha aura mais brilhante neste momento! E olhe que isso é raro tirar de mim, digo...coments! Parabéns, você tem alma de poeta. Esse é o segredo do escritor, o toque... seja lá aonde e onde for, o que mais importa é atingir, chegar, tocar bem no fundo da alma.
Beijo.
Patrícia.
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