‘Não .
Não escrevo o que sou. Escrevo o que não sou.
Sou pedra. Escrevo pássaro.
Sou tristeza. Escrevo alegria.
A poesia é sempre o reverso das coisas.
Não se trata de mentira.
É que nós somos corpos dilacerados
"Oh! Pedaço arrancado de mim!"
O corpo é o lugar onde moram as coisas amadas
que nos foram tomadas,
presença de ausências, daí a saudade,
que é quando o corpo não está onde está ...’
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