"Partout je vais je trouve un poèt a été là avant moi."(S.Freud)

fevereiro 22, 2011

Sonhos


Você consome e é consumido
pelos sonhos que sonha,
antes e depois de acordar.
Como sombras se apoderam
do que nunca foi delas,
mas lhe remetem à imagem
e a imagem remetida chega
a confundir, mas não é.
Como sombras, eu sei, porém
que sonhos são passageiros
como eu, que sou passageiro
dessa jornada mágica: vida.

[K4akis e Rogério Camargo]

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fevereiro 21, 2011

Nossa História



A nossa história tem um sabor de madrugadas limpas,
com ruas banhadas pela luz tênue da emoção
Conto nossa história para quem tenha ouvidos de estrelas,
boca de céu, cabeça nas nuvens e saiba sonhar.
A nossa história tem um aroma de grama lavada
e terra molhada. Manhãs de domingo ao sabor do ócio,
ócio ao sabor das manhãs de domingo e toda a vida
envolvida numa bruma leve, de olor doce,
silhueta delgada, suave como os sonhos de uma
noite de verão, numa madrugada limpa, banhada de luz.
Ouves a nossa história como eu ouço?
Uma história de sonho, um sonho de história.


[k4akis & Roger Camargo].

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fevereiro 18, 2011

Ano Novo

Pensamentos descompassados,
fluem na cadência dos passos,
preenchendo espaços
de memórias.
Revendo os dias idos,
acumular de anos vividos,
estremeço.
Repassando...Tudo igual.
Só meu passo,
agora, talvez,
mais lento.

[k4akis]



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Eclipse


A noite chegou como se as manhãs
não fossem certas e sedutoras.
A certeza e a sedução dão os braços
aos abraços. Eles recebem o que
nos é mais doce: o acolhimento.
Acolho momentos de mim e de ti
para que o nós, banhado em sol encontre a lua.
Ah, a lua encontrada, depois de perdida a
esmo, a dois se faz cheia e nos devora,
devora e devolve ao que somos, noite e
dia, seduzidos e distantes, à espera de um eclipse.

[K4akis & Rogério Camargo]





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janeiro 11, 2011

Ainda ontem de noite era noite e era
frio, apesar da luz dos seus olhos.
Havia dois sóis nos teus olhos, mas
mas tu'alma suspirava gélida.
Entendi que não entendi e então
ao invés querer entender, te aqueci.

[Roger & K4akis]



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dezembro 07, 2010

Dia Branco

Se você vier
Pro que der e vier
Comigo...

Eu lhe prometo o sol
Se hoje o sol sair
Ou a chuva...

Se a chuva cair
Se você vier
Até onde a gente chegar
Numa praça
Na beira do mar
Num pedaço de qualquer lugar...

Nesse dia branco
Se branco ele for
Esse tanto
Esse canto de amor

Oh! oh! oh...

Se você quiser e vier
Pro que der e vier
Comigo

Se você vier
Pro que der e vier
Comigo...

Eu lhe prometo o sol
Se hoje o sol sair
Ou a chuva...
Se a chuva cair
Se você vier
Até onde a gente chegar
Numa praça
Na beira do mar
Num pedaço de qualquer lugar...

E nesse dia branco
Se branco ele for
Esse canto
Esse tão grande amor
Grande amor...

Se você quiser e vier
Pro que der e vier
Comigo,
Comigo, comigo.

Composição: Geraldo Azevedo/ Renato Rocha

novembro 10, 2010

Uma vez foi pouco, quase nada. Então
quero mais do pouco que me deste.
Não sacio fácil. É difícil contentar o
corpo sedento com apenas uma dose
daquilo que é bom, muito bom, muito
que se torna nada ante o todo carente.
Não sacio fácil. Uma vez é pouco,
muito pouco ante de tudo que podemos
ter deixado passar. Passaste
tempo demais a pensar, agora age.
Não espero de ti nada que não tenhas
já colhido um dia em mim:
é assim contigo, é assim comigo, é assim
com a vida, em fluxo constante, movimento
que uma vez é pouco, quase nada.

(k4akis & Rogério Camargo)



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As cicatrizes da alma revelam
o que nenhuma fotografia ousa.

(k4akis & Rogério Camargo)


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Dueto... Poemas criados à "quatro mãos"



Era uma vez todas as vezes,
sendo todas elas únicas!
Era uma vez em que todas as vezes,
únicas e tantas, que se repetiam
até o infinito, pareciam não saber
que o limite era fato, apesar de abstrato.
Nessa vez que era, meu coração
desavisado, acostumado ao infinito
tentar estrelas, uma de cada vez.
Insaciável, desta vez , buscou a constelação
de uma estrela só, de só uma estrela.
e foi essa vez, única, melhor que todas.

(K4akis & Rogério Camargo)


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julho 07, 2010

A Cópula



Depois de lhe beijar meticulosamente
o cu, que é uma pimenta, a boceta, que é um doce,
o moço exibe à moça a bagagem que trouxe:
culhões e membro, um membro enorme e turgescente.

Ela toma-o na boca e morde-o. Incontinenti,
Não pode ele conter-se, e, de um jacto, esporrou-se.
Não desarmou porém. Antes, mais rijo, alteou-se
E fodeu-a. Ela geme, ela peida, ela sente

Que vai morrer: - "Eu morro! Ai, não queres que eu morra?!"
Grita para o rapaz que aceso como um diabo,
arde em cio e tesão na amorosa gangorra

E titilando-a nos mamilos e no rabo
(que depois irá ter sua ração de porra),
lhe enfia cona adentro o mangalho até o cabo.

Manuel Bandeira